19 out Maquiagem em crianças: conheça os cuidados!
A pele da criança é mais delicada que a de um adulto pois, embora tenhamos o mesmo número de camadas na derme desde que nascemos; nos pequenos, essa composição é um quinto menos espessa. Ou seja, estamos falando de uma pele consideravelmente mais fina.Outra característica é que as glândulas que produzem suor e sebo são também menos ativas na infância. Dessa forma, o chamado filme hidrolipídico-que forma uma camada protetora – tem uma atuação mais fraca.
A atividade dessas glândulas segue menor até a puberdade, quando ocorrem as mudanças hormonais – por volta dos 12 anos. Sendo assim, a pele das crianças é especialmente sensível a influências físicas, microbianas e também químicas, uma vez que elementos externos são absorvidos mais facilmente e conseguem penetrar camadas mais profundas.
Fique de olho nas embalagens!
Segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil é um dos maiores mercados mundiais de cosméticos infantis.
Além de xampus, sabonetes e demais produtos de higiene pessoal, estamos falando também de maquiagens, esmaltes, tinturas para cabelo e até aquelas “tatuagens” temporárias – uma brincadeira comum em festinhas.
Para ter certeza da qualidade do produto, a primeira providência é procurar o número de registro da Anisa na embalagem. A indicação desse código pode ser precedida pelas iniciais MS, ANVS ou pelo nome Anvisa, seguido de um número com 9 ou 13 dígitos, que sempre se inicia com o número 2.
Isso garante que os produtos passaram por uma detalhada análise técnica para garantir a sua segurança.
Melhores escolhas:
As crianças devem utilizar apenas produtos infantis, elaborados de forma a respeitar as características da sua pele. O caráter lúdico do “se pintar”, desde que os produtos sejam inofensivos à pele dos pequenos (e que haja limites para o uso), pode render uma saudável brincadeira.
Por isso, atenção na hora de escolher o que deixar ao alcance da criançada. As maquiagens para adultos – ou mesmo as feitas para bonecas – não podem ser utilizadas, que já contém corantes, fixadores e outras substâncias químicas que podem causar reações alérgicas.
O mesmo vale para batons, blushes, brilhinhos ou mesmo esmaltes. Na hora de brincar de colorir as unhas, as únicas opções que devem ser consideradas pelos pais ou responsáveis são aquelas elaboradas à base de água – e que, portanto, saem sem a necessidade do uso de acetona ou qualquer outro tipo de removedor. E uma dica para ajudar a escolher: por não possuírem solventes, os esmaltes infantis têm um cheiro bem diferente daquele que caracteriza as versões para adultos.
Outra informação importante: recomenda-se – tanto para esmaltes quanto para quaisquer outros produtos de uso infantil – que esses cosméticos contenham subs¬tâncias de gosto amargo, o que ajuda a evitar a in¬gestão acidental.
E não tire a cutícula das crianças, essa “pelezinha” é que protege a unha de bactérias e fungos, e fixa melhor a unha na pele.
Pode pintar o cabelo?
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é bastante reticente nesse quesito. Boa parte dos especialistas recomenda evitar essa “brincadeira”, uma vez que as tinturas podem ser nocivas, principalmente no caso das que não são feitas pensando nas características dos cabelos das crianças (e, convenhamos, quais seriam?). Além de danificar os fios, mudar a cor dos cabelos na infância pode causar desde irritação no couro cabeludo até quadros alérgicos e broncoespasmos.
Uma alternativa aceitável seriam os sprays coloridos temporários, que saem no banho e não alteram a coloração definitivamente.
Para saber mais, consulte a Cartilha de Cosméticos Infantis da Anvisa.